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O que é o novo normal?

O que  o novo normal?

Ainda que alguns não se sintam muito confortáveis com a expressão “novo normal”, da discussão de fundo não há como escapar: como será nossa vida em um momento pós-pandemia?

A crise do COVID19, de maneira abrupta, nos impôs uma nova rotina e muitas limitações, e a partir dessas tantas limitações começamos a pensar novas maneiras de atingirmos nossos objetivos, cada qual dentro de seu ramo de trabalho ou de atuação, e muitas perguntas estão pipocando entre nós. A primeira delas é: quais hábitos antigos não mais estarão presentes e quais hábitos novos passarão a ser considerados normais?

Um exemplo muito prático: nos países asiáticos como China e Japão o uso de máscaras já vinha de um bom tempo, aliás, muito antes da pandemia do coronavírus, para se proteger de resfriados, alergias ou mesmo para a poluição do ar, mas aqui no Brasil nunca tivemos esse hábito, será que teremos no pós-pandemia?

A segunda questão é identificar quais dos novos hábitos são alternativas sadias a longo tempo? O exemplo que salta aos olhos é o chamado home office que nos permite trabalhar em casa e apresenta muitas vantagens, dentre elas o fato de não estarmos expostos à vírus e infortúnios do dia-a-dia como acidentes ou outros imprevistos, além de que, diminui o custo do empregador e do empregado... Por outro lado, fica a incógnita: será que a longo prazo nos sentiremos bem? Em especial se pensarmos em nossos relacionamentos dentre de casa, com pais, esposa/esposo ou filhos, talvez o excesso de convívio deixe-nos com pouca paciência, poucas novidades para compartilhar e o laço vá se fragilizando, ou se estreitando?

Seguimos a adiante na discussão: quais são os benefícios e as responsabilidades que nos trazem as novas tecnologias? Os benefícios, como todos sabem, são muitos. Vejamos só no mercado imobiliário muita coisa legal têm surgido, como vendas por whatsApp, tour virtual, drones, escritura eletrônica, registro eletrônico... quantos recursos novos ainda não conhecemos? Mas que contrapeso nos impõe esse mundo digital onipresente? Bem, os cuidados “técnicos” são sempre importantes, para não ter seu perfil ou conta bancária clonados, mas e o lúdico, quem se preocupa? O mundo do dançar, do sorrir, do abraçar e do cantar está cedendo lugar aos ambientes virtuais? Isso é bom ou ruim? Ambos ou nenhum?

Adiante: seremos pessoas de pouco ou nenhum trato social? Outro dia uma empresa de renome disse que o novo normal é ser caseiro, e com isso quis enfatizar o distanciamento social, o dito home office e a diminuição das interações pessoais entre todos nós. Isso é progresso ou regresso? Será que a tendência nos próximos anos será que as pessoas percam suas habilidades de comunicação e interação social?

Nós também não temos as respostas de todas essas questões, pois o novo normal ainda está sendo construído e experimentado, mas quem sabe num futuro próximo já tenhamos respostas mais definitivas. Todavia, duas questões que estão umbilicalmente ligadas à ideia de novo normal e talvez possam nos ajudar a refletir:

1. O ser humano é, por excelência, um ser social: o diagnóstico Aristotélico se perpetua no tempo e não importa o quão lutemos contra a ideia o velho está sempre certo: é da natureza do ser humano ser político, isto é, que vive em contato com outras pessoas. “O homem que vive isolado é um bruto ou um Deus”, por isso, a ideia de um novo normal caseiro não pode se sustentar ou então todos adoeceremos;
 
2. A questão das novas tecnologias: de um lado, uma espécie de tecnofobia, onde muitos morrem de medo desse avanço que não para, e de outro uma tecnofilia, onde tantos apresentam um amor incondicional com a Indústria 4.0. Talvez fosse interessante ficar num ponto equidistante entre uma e outra, sem um medo que te deixe atrasado e sem um louvor que te faça alienado;

Por essas e outras, nos contrapomos ao argumento de um jornalista que disse outro dia em sua coluna para esquecermos a ideia do “entender para atender”, e não só nos contrapomos a esse utilitarismo como acreditamos firmemente no inverso: entender para atender é ainda mais latente em tempos como os atuais em que há escassez de atenção e relações “líquidas” que se desfazem numa velocidade tão rápida quanto se fizeram.

Nós acreditamos nas pessoas e buscaremos sempre entender antes de atender! E tanto nos empenhamos nisso que podemos nos dar o luxo de fazer uma afirmação: somos nós, enquanto humanidade, que estabeleceremos o novo normal – e não o contrário – e faremos isso com uma consciência coletiva, voltando a valorizar o calor do abraço, o brilho dos olhos e a alegria de estar presente e ser presente, sem descurar do quanto podem nos ajudar as novas tecnologias!



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